Adolescente é apreendida suspeita de racismo e homofobia contra colegas em escola de MG
25/04/2025
(Foto: Reprodução) Diretora acionou a Polícia Militar após denúncias feitas por colegas da suspeita dos atos de preconceito. Envolvidas têm de 14 a 16 anos. Adolescente é apreendida pela Polícia por injúria racial e homofobia
Uma adolescente de 16 anos foi apreendida suspeita de cometer injúria racial e ato de homofobia contra colegas de turma em uma escola estadual de Minas Gerais. O caso aconteceu na Escola Estadual José Ribeiro da Silva, em Baldim, na Grande Belo Horizonte, e foi comunicado à Polícia Militar pela direção da unidade.
De acordo com o registro policial, na tarde desta quinta-feira (24), duas alunas da turma do 1º ano do Ensino Médio denunciaram à diretoria que a adolescente ofendeu verbalmente uma colega recém-chegada à escola.
“Mal chegou da África e já quer sentar na janela”, disse a suspeita a uma aluna novata, segundo a denúncia.
Depois disso, ainda segundo o relato, outra estudante foi alvo de comentários homofóbicos, sendo chamada de “sapatão”.
“Vira mulher, sua sapatão”, completou a suspeita.
A direção da escola entrou em contato com a mãe da adolescente e de uma das vítimas, que compareceram à instituição e foram informadas sobre o ocorrido.
A aluna preferiu não se manifestar. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou o registro da ocorrência. O g1 procurou o órgão para mais informações e aguarda retorno.
As vítimas relataram sentir-se constrangidas com as ofensas e pediram que providências fossem tomadas.
A adolescente foi apreendida por ato análogo a injúria racial e ato contra a dignidade sexual, sendo encaminhada ao pelotão policial, onde permaneceu acompanhada da mãe durante todo o tempo necessário para o registro da ocorrência.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que a unidade tomou as medidas cabíveis e que a coordenação da Superintendência Regional segue monitorando a situação e apurando os fatos. Serviços de acolhimento também estão sendo prestados.
Completa, ainda, que repudia atos discriminatórios nas escolas e que conta com iniciativas de combate à violência.
A reportagem também procurou a Polícia Civil para informações sobre os procedimentos legais.
Caso foi registrado em Baldim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Reprodução/Google StreetView
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